domingo, 26 de julho de 2009

Mil doses ou quase nenhuma
Num sentido desgovernado
E com toda a razão indiscutível
Em palavras tornando o ouvinte julgado

Minhas pretensões são guardadas
E minhas idéias mais confirmadas:
Quem ganha a vida não sendo o que é
Não pode ser levada a sério, mas respeitada.

Em cada canto e silêncio, quando estou,
Não vejo problema, mesmo causando,
Mistérios decifráveis e perceptíveis,
Nessa constante regra de mudança.

Se vejo, percebo, se escuto, tento,
Se falo, indago, se respondo, adianto.
Não quero parar, nem seguir,
Nem indagar... Eu sou.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Novo começo

Segunda-feira, 20 de Julho de 2009.
Mais uma vez depois de uma noite memorável, o dia acorda mostrando sua face azul celeste!
Faz quase uma semana que não escrevo algo do gênero, mas ainda estou em fase de aprendizado.
Nesse semestre começa algums pontos que eu aprendi e reconheci no primeiro para a formação do professor-artista será postos em cena.
A vida é um desafio. Dia após dia, entrega de corpo e alma, dizer que sou novo e que preciso aproveitar a vida, é infantilidade. Trabalho é estudo, estudo é conhecimento, conhecimento é vida.
Claro que não posso fugir das tentações da carne, nem de algumas que minha mente impõe, mas mesmo assim, que todos nós tenham forças e competência para fazer aquilo que se deve.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Reprise

Cá estou. Com sono, decaído, com marcas no rosto e em todo o corpo. Apanhei.
Querendo ou não mereci. E ainda mereço. Talvez esquente, e tudo deixe de ser frio. Talvez as horas se estendam mais, talvez eu me reerga e a força volte.
Pra que usar talvez? Vai tudo ser diferente sim. Pensar em bloqueios ou algo que não vá acontecer é pensar em não acontecer. A coisa não é bem assim. Todos os lados estão marcados, todos os caminhos já estão no mapa, eu sei o que fazer e como fazer. Ainda tenho que tapar alguns buracos para poder seguir mais tranquilamente.
É apenas o tempo mostrando suas garras, apenas meus erros mostrando meu fracasso. Na mente mil idéias, mil suposições de tanto que já passou.
Planejamento, organização. A vida é como o teatro, e o teatro é como a vida. Senão praticar não tem sentido. Mesmo assim cansa.
São meses longos, às vezes penso em pular meses, ou parar dias. Mas muito mais que isso, eu quero fazer tudo com a maior força possível. Falta ousadia eu diria, liberdade talvez, mas não vontade.
Na cidade cinza de frio, onde as pessoas são: estranhos vestidos com sua vergonha e preguiça, eu me igualo a eles e fico triste.
O tempo destrói tudo e às vezes não deixa nem nascer.

sábado, 11 de julho de 2009

11

Hoje apresentamos pela primeira vez a nova fase das CRIAS. Foi no núcleo. Foi legal. Foi divertido. Novas cenas, improvisações, perdas, esquecimentos, descobrimentos.
No geral eu gostei, o pessoal que viu também.
Mas o trabalho ainda esta com alguns pontos fracos, como o final da peça, final esse que é novo e foi bem divertido.
Muito trabalho ainda deve ser feito. O que é preciso? Saber o texto inteiro primeiramente, para poder usar e abusar dele posteriormente. Outra coisa é as ações. As ações estão boas de um lado e de outras não. Com ensaio e apresentações agente vai melhorando isso... é só trabalhar.
Errei algumas vezes na peça hoje, é estranho errar, não gosto. Estranho no sentido de imaginar tudo direitinho... e não dar certo no final.
No começo da peça fico fora do jogo, é um momento delicado pra mim, me sinto fora realmente da situação, tanto que é o momento onde minha concentração é mais delicada. Pois é nesse momento que às vezes penso que não tem volta, eu sei que se no meio da apresentação eu não quiser continuar ou algum dos guris ou o Adriano, é só parar tudo e deu, mas tenho a sensação de que como começou não tem como terminar sem ser no final...
Porra de público passivo que não nos faz experimentar nada de novo...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Hoje não tem título

Mudar. Ser objetivo, se jogar no jogo. Ser claro, ter uma partitura, mil faces e vozes. É mais uma nova etapa.
O palco italiano é um desafio. O texto é um desafio. O teatro é um desafio.
Estou animado garanto. Cansado, mas animado. É uma nova etapa do trabalho que se começa, há um novo tipo de estudo para se fazer. Tenho que quebrar algumas coisas já construídas, e também algumas manias.
Não gosto de falar diretamente o que se passa por aqui. Gosto de inventar algo que tenha haver com o que aprendi ou me fez pensar no dia.
Mas o que aprendi na minha formação de ator hoje?
Tudo novo de novo.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Que exagero!

Fazer coisas contra minha vontade é normal, algo do cotidiano. Estranhamente nesses últimos dias minha cara esta melhor, digo estranhamente por não entender de fato porque cheguei a esse estado, não porque não entenda o que se passa, pois eu sei. Mesmo minha cara estando boa, minha mente está em apuros!
Entre e saio numa confusão de tarefas para fazer... Saudade de pegar um livro qualquer e ler, escolher um CD para escutar... São desafios. Penso que posso e devo quebrá-los. Na verdade grande parte dos nossos desafios nasce de nossos defeitos... Queria que chovesse a tarde toda, e no meio de uma dessas caminhadas, entrar num lugar qualquer, tomar um café e escrever...
Eu posso! Eu sei que tudo não passa de um jogo. Que qualquer lugar que vou as pessoas estão encenando, que elas querem que eu pense e age de uma forma que elas queiram. O mundo não gira em torno de alguma coisa. É um desafio conviver com pessoas, uma arte. A maior arte do momento é lutar contra meus bloqueios e defeitos... Só queria ter certeza de que tudo vai da bem, que o que estou pensando é bobagem, mesmo não conseguindo... Descobri alguns de meus defeitos e bloqueios, é um passo.
Se for pra planejar o dia em que mudaremos mundo, devemos pensar que esse dia já passou e correr atrás do prejuízo. Não quero ficar defendo teorias, explicar desejos e nem muito menos o que errei ou algo do gênero. O instante é esse, e como diz o velho do filme Irreversível, “o tempo destrói tudo”.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Cena 1 – Quarto de hospital

- Amiga...
- Que susto você nos deu! Porque você fez isso?... Descanse um pouco.
- Não quero que ninguém me veja assim...
- Não te preocupe. Vai ficar tudo bem. Tu vai sair daí e agente vai fazer aquele passeio de barco que agente tanto falou.
- Esta bem...
- Agente pode levar as crianças, deixar os maridos em casa ou ir só nós...
- ...
- ?
- ...
- Mônica? Abre os olhos... Por favor Mônica...

Cláudia sai chorando ao som do aparelho hospitalar indicando a morte de Mônica.

Tem momentos que passam, e então o que fica são os planos.
Mas o planos são apenas planos.

sábado, 4 de julho de 2009

Já dizia o poeta: "a vida é tão desconhecida e mágica..."

Momentos são únicos.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Confuso, mas mais claro que nunca

Desculpe não ter escrito antes, mas tive coisas a fazer.
Mas hoje vou escrever e estou escrevendo. Algo de muito chato e irritante me aconteceu hoje. Como diz o ditado popular: “Deus me de paciência, pois se me deres força bato até matar!” Sim! Ainda existem pessoas que discutem coisas que não levam a nada, sobre coisas que já passaram e que ninguém agüenta mais.
Temos tabus. A sociedade tem tabus. As pessoas nascem com tabus, devido a sociedade, e pra piorar criam outros tabus, e pra resolver estes criam outros. Ô gente de merda! Mas discutindo o que não leva a lugar nenhum, percebi que: quem sou eu pra julgar os outros? Na verdade julgo, assim como todos julgam qualquer um. A idéia é que tem coisas que funcionam de um modo e ponto.
O passado é passado. Não deve ser esquecido, deixado de lado, ou negado. Mas não deve fazer parte do hoje. Pouco me importa quem foi meus avós e seus antepassados, se quem tem que estudar e trabalhar hoje sou eu, pouco importa saber o que se passou, se o hoje e o amanhã quem faz sou eu.
Na verdade to me cansando de muitos assuntos, perguntas, pessoas, lugares e outras coisas que não sei definir ou não achei meio de explicar.
Nada como dormi...