segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Carta a quem quer ler

Os portões e porões estão abertos para a vida e para a morte. Ficou tudo um pouco mais claro, mas mais divertido e mais vital. Sinto nas veias e nas artérias, pulsando como uma paixão sem controle, algo que me sustenta e me move na direção de algo desconhecido, mas lindo.
Minhas células estão renovadas, cansadas, agitadas, estão mil coisas na qual não quero pensar o que é, sinto! Apenas sinto! Apenas me entrego. Até onde eu aprendi a me entregar, é um assunto complicado, uma questão e uma resposta que dia após dia vai ficando mais forte.
Hoje o Céu estralado é como um grande aquário sem fundo. Hoje as árvores são meras dançarinas, as flores estão se multiplicando...
É um novo mundo, é um novo olhar, uma nova forma de ver que o mundo e a vida têm vários lados, formas, motivos e tamanhos.
Esse ano passou rapidamente e numa intensidade da qual eu nunca tinha vivido antes. O rio segue um percurso minucioso, do qual eu não faço a menor idéia onde e quando se encontrará com o grande mar. Talvez nunca encontre. Não ligo, desde que sigo percorrendo no rio.
É assim que sigo, sem juízo, sem senso, sem moral, sem eu mesmo. Não pelos Céus, pelos Infernos, pelos Apolos ou Bacos. Por mim, e é um motivo mais que suficiente.
Fico até o fim da noite, vagando, buscando entre essas ruas, que mudam dependendo do dia ou da situação, mais um motivo de aprendizado. Não digo experiência, pois cada dia é uma nova aventura, uma nova etapa, uma parte mal cuspida pela vida.
Somos pisoteados, somos mal tratados, xingados, humilhados, cuspidos, trajados de mal lavados e de vagabundos. Todos são tachados assim. Ninguém foge de nada e de tudo. Mas hoje não. Hoje o dia esta nublado e com cara de que o mundo vai acaba. Hoje o mundo esta nublado e com cara de mais um dia calor e previsão de chuva. Hoje é mais um dia para se viver e respirar o ar que mais se quer respirar.

EVOÉROS!