Não sei quantas perguntas e quantas dúvidas surgirão ainda. De certo é normal.
Mas de uma forma cruel tudo parece estar caminhando numa corda bamba molhda de sereno. É noite. Sempre é noite. O corpo nu treme diante de todos os olhos. E vem a água gelada no corpo quente. Fumaça. Fumaça e mais fumaça. Não é o corpo queimando, não é a santidade. Não sou digno, não para os olhos. Mas depois é cinzas. Agora é cinzas.
O corpo já fala por si só. Já não para e nem olha para os lados ao atravessar a rua. Os olhos, quase cegos, enfrentam faróis como quem procura algum degrau no abismo. O que se faz?
Dimensão utópica. Palco utópico. Falas e mais falas absurdas repelindo minha atenção.
Do outro lado, sentada e observando de pernas cruzadas, tocando o peito para não vomitar.
Aqui eu corro. Peito nu. Corpo nu. Jogado ao espaço e morrendo. Com o vento gelado cortando os pulmões, secando a garganta, amassando o cérebro. Suando frio. Sem saber de nada. Merda.
Aqui não tem volta.
E por aí?
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