quarta-feira, 5 de outubro de 2011

gostaria de escrever... mas não...
deixarei passar mais um pouco de tempo,
para que a palavra não queime como a pele
pois é assim que ando
queimando
queimando sem saber aonde a cinza vai parar
pois há muito vento
muito vento
descendo em curvas pelo firmamento
como um traço de van gogh
ou grito surdo na beira da praia

prometo que vou escrever
e prometo a mim mesmo
ao meu companheiro, meu corpo

por enquanto os olhos estão cansados
de olhar se vem carro dos dois lados interminavelmente

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